sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Macroinvertebrados bentônicos e as águas da Lagoa da Pampulha



Macroinvertebrados bentônicos são organismos (Insetos) aquáticos (fase larval ou adultos), Anelideos (minhocas) e moluscos (caramujos) de hábitos bentônicos, ou seja habitam os fundos de lagos e lagoas e vivem em pedras, folhas ou enterrados na lama ou areia.
São organismos sensíveis a poluição trazida pelos tributários. Os macroinvertebrados bentônicos são classificados de acordo com sua tolerância a mudança a qualidade das águas, possuem cilco de vida longo, quando comparados com os organismos planctônicos que geralmente vivem cerca de horas, um ou dois dias ou até semanas, já os macroinvertebrados podem viver, dias, semanas e ate mais de um ano caracterizados de “ organismos sentinelas”. Por este motivo, o seu monitoramento torna-se mais eficiente que o monitoramento baseado apenas na mensuração de parâmetros físicos e químicos (Lenat & Barbout, 1994; Alba-Tercedor, 1996).

A composição em espécies e a distribuição espaço-temporal dos organismos aquáticos alteram-se pela ação dos impactos. Quanto mais intensos forem, mais pronunciadas serão as respostas ecológicas dos organismos aquáticos bioindicadores de qualidade de água, podendo haver inclusive a exclusão de organismos sensíveis à poluição (como as formas imaturas de muitas espécies de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera) (Callisto 2003)
Para avaliar conseqüências da poluição sobre os ecossistemas aquáticos são necessários vários tipos de informações, programas de biomonitoramento são os mais indicados para detectar o nível de comprometimento da vida aquática e avaliar o novel de degradação ambiental (WWW.icb.ufmg.br)

Bioindicadores são espécies ou comunidades biológicas cuja presença, quantidade e distribuição indicam a magnitude de impactos ambientais em um ecossistema aquático e sua bacia de drenagem (Callisto; Gonçalves 2002.)
Dentre os bioindicadores há grupos de espécies diretamente relacionados a um determinado agente poluidor ou a um fator natural potencialmente poluente (p.ex. altas densidades Oligochaeta (“minhocas d’água”) e de larvas vermelhas de Chironomus, Diptera, em rios com elevados teores de matéria orgânica). Além disso, são importantes ferramentas para a avaliação da integridade ecológica (condição de “saúde” de um rio, avaliada através da comparação da qualidade da água e diversidade de organismos entre áreas impactadas e áreas de referência, ainda naturais e a montante). Os bioindicadores mais utilizados são aqueles capazes de diferenciar entre fenômenos naturais (p.ex. mudanças de estação e ciclos de chuva-seca) e estresses de origem antrópica, relacionados a fontes de poluição pontuais ou difusas.

Os rios recebem materiais, sedimentos e poluentes de toda sua bacia de drenagem, refletindo os usos e ocupação do solo nas áreas vizinhas. Os principais processos degradadores, resultantes das atividades humanas nas bacias de drenagem, causam o assoreamento e homogeneização do leito de rios e córregos, diminuição da diversidade de hábitats e microhábitats e eutrofização artificial (enriquecimento por aumento nas concentrações de fósforo e nitrogênio e conseqüente perda da qualidade ambiental) (Callisto et al., 2002; Goulart & Callisto, 2003).
Como sabemos que a Lagoa da Pampulha recebe todos os dias grandes concentração desses nutrientes, que contribuem para a alimentação e ploriferação desses macroinvertebrados que por sua vez são alimentos dos peixes, anfíbio e aves da região da Lagoa. Esses animais se alimentam dos macroivertebrados e “Herdão” os nutrientes por eles ingeridos ou seja, os animais de uma maneira geral acabam se contaminando com os nutrientes químicos absorvidos. Os Macroinvertebrados tem capacidade de adaptação há diversos tipos de ambientes, por isso, quando são detectados pelos programas de biomonitoração são caulculados os níveis de poluentes em cada região. Por este motivo, o seu monitoramento torna-se mais eficiente que o monitoramento baseado apenas na mensuração de parâmetros físicos e químicos (Lenat & Barbout, 1994; Alba-Tercedor, 1996).

O Programa de Biomonitoramento Ambiental ideal é o que integra medições físicas, químicas e biológicas, permitindo a caracterização físico-química dos ecossistemas aquáticos de uma bacia hidrográfica e o estudo da ecologia dos organismos bioindicadores de qualidade de água. O uso destes organismos como bioindicadores é baseado em um princípio simples: submetidos a condições adversas, os organismos se adaptam ou morrem.

Portanto, os organismos que vivem em um dado ecossistema estão adaptados às suas condições ambientais e por isso devem refletir o nível de preservação de condições naturais ou as alterações provocadas. ( Marcos Callisto; José Francisco Gonçalves Jr. & Pablo Moreno, 2005)
Aqui estão algumas fotos de macroinvertebrados encontrados na lagoa da Pampulha:

lagoa da Pampulha e as Cianobactérias



Cianobactérias é um nome comum para diversos tipos de algas que possuem características similares. Sozinhas, são extremamente pequenas e visíveis somente com microscópio. Elas não podem ser consideradas nem como algas e nem como bactérias comuns. Fonte tirada do site da Copasa:
http://www.copasa.com.br/media2/PesquisaEscolar/COPASA_Cianobacterias.pdf
São microorganismos com características celulares procariontes (bactérias sem membrana nuclear), porém com um sistema fotossintetizante semelhante ao das algas (vegetais eucariontes), ou seja, são bactérias fotossintetizantes. São conhecidos apenas processos de reprodução assexuada, por divisão binária ou por esporos, ou ainda por fragmentação dos filamentos chamados de hormogônios (células que dão origem a um novo indivíduo).

Existe uma confusão na nomenclatura destes seres, pois a princípio pensou tratar-se de algas unicelulares, posteriormente os estudos demonstraram que elas possuem características de bactérias.

Quando presentes em grande número, elas modificam a qualidade da água, por produzirem toxinas, odores ou uma espuma densa de cor verde-azulada na superfície da água, chamada de floração.
Essa floração pode ocorrer quando há um excesso de nutrientes (como o nitrogênio e o fósforo) na água, oriundo de esgotos não tratados, arraste pelas chuvas de terras agricultáveis ricas em nutrientes e elevada insolação na água. Geralmente, aparecem em lagos, lagoas ou represas e, até mesmo, em rios onde a água fica mais parada, sem correnteza.

Além da aparência desagradável, as substâncias decorrentes da presença de cianobactérias podem ser tóxicas para os humanos e mortais para a maioria dos animais selvagens e domésticos. Quando elas se decompõem, podem esgotar o oxigênio da água e causar a morte de peixes. Por isso, quando existe a suspeita de cianobactérias, a água deve ser submetida à análise antes de qualquer tipo de uso.
O contato direto da pele no banho em duchas naturais, na natação, no esqui aquático e outras atividades de recreação pode resultar na irritação da pele ou em erupções, inchaço dos lábios, irritação dos olhos e ouvidos, dor de garganta, inflamações nos seios da face e asma.

Beber água com cianobactérias tóxicas pode provocar náuseas, vômitos, dores abdominais, diarréias, complicações no fígado e fraqueza muscular.

O aumento da industrialização, crescimento populacional, os fatores socioculturais, o uso de fertilizantes químicos na agricultura e dejetos de esgotos domésticos tem sido a maior causa de poluição em ecossistemas aquáticos. A liberação de fósforo e nitrogênio no meio está relacionada ao processo de eutrofização, devido à ação desses elementos como fatores limitantes da produção do primeiro ecossistema, pois estes estão relacionados com o processo de fotossíntese. Várias podem ser as formas de liberação artificial de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, para o interior dos ambientes hídricos, dentre estas destacam-se os efluentes agrícolas, domestico industriais, gerados pela chuva.

No que diz a respeito a dejetos agrícola, para compensar a perda e aumentar a fertilização do solo, fertilizantes químicos com grandes concentrações de fósforo e nitrogênio são utilizados em grades quantidade, superiores a capacidade de absorção dos vegetais.

Já os dejetos humanos, alem dos problemas sanitários diretos, também podem gerar a médio e longo prazo a eutrofização de corpos d’água, pelas consideráveis concentrações de nitrogênio e fósforo e pela composição orgânica de esgotos ricos em nutrientes e também como utilização de detergentes sintéticos o fenômeno da eutrofização passou a ser mais recentes.

Compostos á base de nitrogênio são utilizados em processos industriais. A contaminação em geral, é resultado de manuseio, descargas e uso inadequados. Assim é possível encontrar tais fontes de nitrogênio em efluentes ocasionando impactos significativos na água, em regiões indústrias.

Os tributários e a química


Ressaca, Sarandi e Água Funda são áreas de intensa ocupação humana. Ambos tributários sofrem de alguns pontos de contaminação. Os pontos de maior contaminação são os pontos de entradas de esgotos dos municipios de Belo Horizonte e Contagem.

Segundo Motta (2000), a eutrofização é caracterizada pelo aumento da biomassa de fitoplâncton e outras plantas aquáticas devido a um grande acúmulo de nutrientes inorgânicos, principalmente o fósforo, carreado para o lago pelos esgotos não tratados que são despejados nos tributários nos córregos Ressaca, Sarandi e Água Funda.

O fosfato presente em ecossistemas aquáticos pode ter fontes naturais ou artificiais. De forma natural, o fósforo pode ser liberado dos minerais primários das rochas da bacia de drenagem. Já as principais fontes artificiais são os esgotos domésticos e industriais, fertilizantes agrícolas e material presente na atmosfera (Gráfico 1: anexo).

Os sólidos se referem à matéria em suspensão ou dissolvida na água (Gráfico 2: anexo).

O aumento da concentração da matéria orgânica, e conseqüentemente a sua decomposição microbiana, contribui na diminuição do oxigênio dissolvido na água. Então, é esperado que ambientes mais eutrofizados tenham uma menor concentração de oxigênio dissolvido (Gráfico 3: anexo).

Para Motta (2000), o pH é a medida da concentração de íons dissociados H+ e OH- . Águas ácidas apresentam uma maior concentração de íons H+ e águas alcalinas apresentam uma maior concentração de íons e OH-. Ele pode ser considerado uma das variáveis ambientais mais importantes e ao mesmo tempo uma das mais difíceis de interpretar devido ao grande número de fatores que podem influenciá-lo (Gráfico 4: anexo).

As principais fontes de contaminação dos recursos hídricos da Bacia são a precária infra-estrutura de saneamento e a disposição inadequada de resíduos sólidos (aterros) e líquidos (postos de serviço e oficinas). Também é importante a rede de esgoto que apresenta fugas de difícil identificação. São fontes dispersas por toda a Bacia, principalmente nas áreas urbanas e industriais.
Os estudos feitos demonstraram que o fator de umidade da alface cultivada em sedimentos da Lagoa da Pampulha é menor que o da cultivada em terra vegetal. O desenvolvimento no sedimento também é bastante inferior. Isto é um indício que a população provavelmente não utiliza o local de descarte destes sedimentos para plantio de alface, e talvez nem de hortigranjeiros (produtos de hortas).
A análise de diferentes solos mostrou que os valores encontrados tanto para a terra vegetal quanto para os sedimentos são menores ou iguais aos encontrados em outros solos e sedimentos, inclusive os utilizados internacionalmente como materiais de referência, o que permite afirmar que os sedimentos coletados não apresentam um nível significativo de contaminação.
É importante lembrar, entretanto, que a umidade da alface é menor, o que implica em maior densidade e, conseqüentemente, maior concentração de minerais. Comparando-se os valores encontrados para a alface com a IDR (Instituto de Desenvolvimento Regional) percebe-se que, exceto para o Co, a ingestão média de alface por dia, que é 50g, não representaria risco.
Tendo em vista estes resultados, conclui-se que a remoção dos sedimentos depositados na Lagoa da Pampulha e seu despejo em áreas de bota-fora não implicarão necessariamente em risco para a população local no que se refere à biodisponibilidade de metais nestes sedimentos.

Os tributários e a sistemática vegetal


O processo de ocupação do território brasileiro caracterizou-se pela falta de planejamento e destruição dos recursos naturais, especialmente as matas ciliares. Segundo Marinho (2009), a drástica redução das matas ciliares é conseqüência da expansão das cidades, poluição industrial e a extração de areia dos afluentes e rios.

A degradação ambiental põe em risco o ambiente do planeta e a sobrevivência de seus habitantes. No processo de crescimento, a cidade invade as margens dos córregos que antes eram distantes da ocupação urbana. A retirada da mata ciliar com a construção de canais para os córregos, a impermeabilidade do solo pelo asfalto e pelo cimento, o uso inadequado do solo para loteamentos e instalações industriais são motivos que levam ao assoreamento, erosão e enchentes dos córregos.

As matas ciliares, também conhecidas como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária, é a formação vegetal nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes. O nome vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios e lagos como os cílios são para os olhos.

As matas ciliares possuem características típicas com grande quantidade de epífitas e musgos, solo bastante argiloso, úmido e rico em húmus. São compostas por uma vegetação densa que inclui desde espécies herbáceas e arbustivas até árvores de grande porte.

Por estarem às margens dos rios, não apresentam adaptações que impedem um alto nível de transpiração, fazendo com que o grau de umidade no interior destas matas seja elevado.

De acordo com Martins (2009), apesar da sua importância ecológica, em áreas urbanas, a mata ciliar é substituída por casas e ruas, resultando na aceleração da velocidade da água que chega e passa pelos corpos d’água causando alagamentos em épocas de chuvas. As áreas já destruídas e ocupadas com outras formações vegetais podem ajudar a evitar o assoreamento, embora não sejam eficientes como a mata ciliar.

Quando a água da chuva não encontra nenhum tipo de barreira ou proteção ao cair no solo nu. Ela escorre com rapidez pela superfície da terra e não se infiltra. O solo não fica devidamente encharcado e não abastece o lençol freático, que fica mais vazio. Essa água que escorre com rapidez, arrasta para os córregos grandes quantidades de areia, terra e outros sólidos, fazendo com que fiquem mais rasos e, em conseqüência, mais largos e lentos. Esse processo é denominado de assoreamento (Água no Brasil. Data: 5 nov. 2009).

A remoção da mata ciliar elimina a capacidade de proteção dos afluentes que essa vegetação proporciona em amortecer os desequilíbrios causados pelas cheias ou por outros eventos. Por outro lado a canalização de córregos, não respeita a natureza, sendo causa freqüente das enchentes e de muitos assoreamentos. O uso de concreto e cimento nesse tipo de obra, além de encarecer o saneamento, causa uma rápida degradação da água levando a extinção da flora e fauna.

Conforme Motta (2000), a retificação de córregos é um tipo de obra ultrapassada em termos ecológicos. Em muitas regiões da Europa e EUA, estão sendo desfeitas e o antigo leito do afluente sendo recuperado e toda a região revitalizada.

Desse modo, aumenta a necessidade de preservar as matas ciliares ao longo dos cursos de água. A principal exigência dos órgãos ambientais tem sido o reflorestamento, como medida redutora dos impactos causados pela ocupação e retirada das matas ciliares.

Apesar de sua conservação ser garantida por lei, são raríssimos os casos em que os limites mínimos estabelecidos têm sido respeitados (Figura 5: anexo). De acordo com seus parâmetros e limites definido pela Lei 4.771/65 303/02, no artigo 2º, são Áreas de Preservação Permanente (APP’s). Pelo efeito dessa lei, as florestas e demais formas de vegetação natural, situadas ao longo dos rios ou de qualquer outro curso d’água, em faixa marginal, a largura mínima será de 30 metros para os rios com até 10 metros de largura; nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados ‘olhos d’água’, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio de 50 metros de largura. O Código Florestal, também diz no artigo 3º, que consideram de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas a atenuar a erosão das terras.

A recomposição da mata ciliar é um dos fatores que, junto com outras práticas de conservação, como proteção das zonas acima das nascentes; uso adequado do solo, é fundamental para a preservação do lençol freático; e a existência de matas nos topos dos morros, compõe o manejo adequado da bacia, o que garante a quantidade e qualidade da água e da biodiversidade.

Os tributários e a cartografia

A bacia da Pampulha integra a bacia do Ribeirão do Onça, que deságua no Rio das Velhas, no município de Santa Luzia. Sua área abrange 97 Km², sendo 44% em Belo Horizonte e 56% em Contagem. A ocupação da região é distinta nos dois municípios. Em Contagem, localizam-se indústrias e áreas urbanas concentradas, embora existam regiões com ocupação dispersa e áreas de fazendas. Em Belo Horizonte, há o predomínio de espaços urbanizados e comércio.





Fonte: http://www.compreembetim.com.br/imagens/mapa_mg.jpg

Escala: 1: 340.000
0 340 640 940Km
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Localizações da Bacia da Pampulha em Belo Horizonte. 2009

Fonte: http://img186.imageshack.us/i/bairrosbhssctg7.jpg/

Escala: 1: 400.000
0 400 800 120 Km
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Localização da Lagoa da Pampulha na Bacia do Onça em Belo Horizonte e Contagem. 2009

Escala: 1:150.000



Os tributários que compõe a Lagoa da Pampulha são: Córrego do Mergulhão, Tijuco, Ressaca, Sarandi, Água Funda, Baraúna, Água Suja/Garças, AABB e Olhos d'Água

Dos oito afluentes que deságuam na lagoa, os córregos Ressaca, Sarandi, e Água Funda, são os principais poluidores. Conforme Beato et. al. (2003), “estes córregos são responsáveis pelo aporte de 75% dos sedimentos que poluem a Lagoa”.
O Córrego Ressaca possui uma extensão de 9,6 km, dos quais, cerca de 9 km canalizados (Figura 2: anexo). Grande parte deste está com sua superfície totalmente coberta. Entre os afluentes Sarandi e Água Funda é o mais poluído e drena o aterro sanitário de BH e o lixão de Contagem. Motta (2000) acredita que os problemas de contaminação por metais pesados na lagoa ao longo dos últimos anos tenham a sua origem no processo de degradação ecológica aguda desse afluente.

O Ribeirão Sarandi tem uma extensão de aproximadamente 16,7 km, dos quais 2,9 Km estão em Belo Horizonte, o restante pertence à região de Contagem (Figura 3: anexo). Está canalizado em canal de concreto com vias públicas laterais.

O Córrego Água Funda possui uma extensão de cerca de 4 km sendo que a maior parte está no município de Contagem e apenas 1 km em Belo Horizonte. (Figura 4: anexo). Este afluente vem sofrendo um agudo processo de degradação ao longo dos últimos 2-3 anos. Neste período ocorreu um processo de franca urbanização nesta área.

Inicio da Lagoa da Pampulha

Em 1936 começou a construção de uma barragem no Ribeirão Pampulha dando origem a Lagoa da Pampulha, que foi inaugurada em 1943. Inicialmente possuía a função de abastecer a região norte de Belo Horizonte e amenizar os efeitos das chuvas. Mas na década de 40 o espaço foi transformado em um centro de lazer e turismo, por sua agradável paisagem, que atraía habitantes de todos os cantos da cidade. O complexo arquitetônico existente na área da lagoa foi idealizado pelo então prefeito Juscelino Kubitschek, que convidou o arquiteto Oscar Niemeyer para desenvolver o projeto.


( foto da Lagoa da Pampulha logo após a sua inauguração em 1943)


A lagoa da Pampulha faz parte de uma bacia hidrografica e possui 3 Principais córregos (Ressaca, Sarandi e Agua Funda)
O Objetivo deste Blog é relatar os impactos ambientais trazidos por esses 3 corregos decorrente da degradação causada neles pelo homem,com o crescimento desordenado da cidade e com a falta de tratamento adequado de esgoto.